Um mês após a saída do comandante suíço Lucien Favre e a situação em Mönchengladbach mudou completamente. Foram cinco jogos e cinco derrotas, o que culminou no pior início de Bundesliga da história dos Potros, fator determinante para o pedido de rescisão contratual do experiente e competente técnico Lucien Favre, que, nos últimos anos conseguiu resultados expressivos com a equipe de Mönchengladbach, principalmente na temporada passada ao conseguir finalizar a competição mais importante do país em 3º lugar, a frente de equipes com um poder econômico muito superior, como o Bayer Leverkusen e o Schalke 04, além disso foi a única equipe a não sofrer gols e não perder para o poderoso Bayern de Munique, com um 0-0 no Borussia-Park e uma vitóra triunfante na Allianz Arena por 2-0 com uma atuação brilhante do brasileiro Raffael
Um final de temporada que nem o mais otimista torcedor do Borussia M’Gladbach poderia imaginar, que proporcionou o retorno da equipe a fase de grupos da Uefa Champions League após 38 anos. A temporada 2014-2015 uma das mais especiais e mágicas para o clube e torcida desde os anos dourados do Gladbach, na década de 70. No entanto, as conquistas das temporadas passadas não foram suficientes para a que deveria ser a temporada de reafirmação dos Potros, com o retorno à Champions e ambição de se manter entre os três melhores da Bundesliga, pois o péssimo inicio de temporada frustou todos os torcedores e o staff da equipe, que, com certeza, pensaram que os tempos difíceis e de luta contra o rebaixamento (como na temporada 2010-2011, onde Favre fez uma recuperação incrível para salvar a equipe do descenso) estavam de volta. Parecia o caos e que o clube não conseguiria continuar o seu progresso, como estava acontecendo nas temporadas passadas. Um péssimo início de temporada, pedido de demissão do treinador e jogadores jogando abaixo de seu potencial. Eis que surge uma solução provisória, para comandar o time até a contratação de um substituto: André Schubert.
Quem é André Schubert? O comandante alemão chegou ao Mönchengladbach apenas nessa temporada e estava comandando o time sub-23 dos Fohlenelf (que briga pelo acesso na divisão regional) e tem como histórico apenas trabalhos realizados em times menores de 2ª e 3ª divisão da liga alemã. Seria ele o substituo ideal para Favre? Não era o que o momento indicava, mas a estreia de Schubert no comando do Gladbach foi avassaladora, com uma vitória de 4-2 sobre o Augsburg, onde a equipe fez quatro gols em apenas 20 minutos de partida, quebrando o recorde de gols nesse período de tempo na Bundesliga. Todos imaginariam que seria apenas o efeito da mudança de treinador, mas não foi o que ocorreu. O M’Gladbach venceu as quatro partidas seguintes (Stuttgart, Wolfsburg Frankfurt e Schalke 04).
A prova do retorno dos Potros a boa forma e ao bom futebol apresentado ao longos das últimas temporadas veio há duas rodadas, com uma vitória esmagadora sobre o Eintracht Frankfurt por 5-1 em partidas disputada em Frankfurt, que é um dos mandantes mais complicados da Bundesliga. A vitória magistral do Gladbach veio através da mudança de postura e plano de jogo adotado por Schubert, deixando de utilizar um “Camisa 9” com a presença de Lards Stindl jogando de forma avançada, sua melhor posição e com Raffael jogando livre pelo ataque.

Quem aproveitou muito bem as chances desde a saída de Favre foi o jovem de origem síria, Mahmoud Dahoud, jovem das seleções de base da Alemanha que assumiu a titularidade e demonstrou sua capacidade e potencial para se manter nos onze iniciais.
Dahoud teve uma atuação fantástica contra o Frankfurt, com um gol e uma assistência, além de ter sofrido um pênalti. As atuações efetivas e de destaque proporcionaram ao jovem volante o prêmio de melhor jogador do mês de Setembro em votação realizada no site oficial da Bundesliga pelos fãs do Gladbach.
Que a recuperação dos Potros continue, com o comando de André Schubert e o desenvolvimento do jovem Mahmoud Dahoud, que aproveitaram as chances durante um período complicado em Mönchengladbach
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